O PAPEL DA IMPRENSA

Na minha coluna no site Paranistas.com.br falo sobre o papel da imprensa.

Segue ela na íntegra:

Aproveito esta parada do futebol brasileiro para fazer alguns comentários sobre alguns aspectos da Copa do Mundo. Tenho ouvido, lido e acompanhado o papel da imprensa na cobertura da Copa do Mundo.
Tem horas que a semelhança de boa parte da imprensa brasileira durante a Copa do Mundo com a imprensa paranaense fora deste período é muito grande.

Porém antes de citar tais semelhanças é preciso compreender qual é, ou pelo menos deveria ser o papel da imprensa na cobertura da Copa do Mundo. Algumas expressões que tenho ouvido e lido como “vamos torcer juntos”, “o nosso esporte é torcer pelo Brasil”, “vamos vibrar com a nossa seleção”, não deveriam, a meu ver, fazer parte do vocabulário da imprensa. Por mais que todos ou quase todos torçam pelo Brasil, a obrigação antes de tudo é fazer com que as informações e opiniões sejam feitas de forma imparcial.

O papel da imprensa é transmitir aos seus ouvintes, leitores e telespectadores os fatos que acontecem durante o mundial sem que qualquer empecilho que possa acontecer atrapalhe tal comunicação. São poucos os jornalistas e emissoras que conseguem entender que o papel deles na África não é torcer e sim exercer suas respectivas funções.

Mas como citei no início da coluna, qual seria a semelhança desta imprensa com a imprensa paranaense fora do período da Copa? Diferente de grande parte da imprensa que durante a Copa assumidamente torce pelo Brasil, aqui no estado do Paraná, muitos torcem, porém sem assumir, para determinados times. É lógico que antes de serem jornalistas, cronistas ou exercerem uma função na imprensa, torciam por determinados times.

O detalhe é que o simples fato de torcer por um time não deve ser usado para inventar estórias, criar intrigas ou distorcer fatos e notícias sobre as outras equipes. É aí que entra a credibilidade daquele que transmite uma informação ou opinião. E através do controle remoto ou de um clique no mouse que podemos escolher aqueles que na nossa visão conseguem exercer suas funções com ética, credibilidade e responsabilidade.

Por diversas vezes lemos e ouvimos coisas que paramos para pensar do motivo que tal profissional expressa de tal forma sobre uma situação claramente de forma imparcial e na maioria delas não conseguimos chegar a uma conclusão. Porém em outras a resposta é muito óbvia, só não vê quem não quer.