Mais uma vez o Paraná cometeu os mesmos erros dos anos anteriores. Porém desta vez a sensação que ficou foi de quase ter conseguido o acesso, mesmo terminando 10 pontos atrás do 4º colocado, e de que se o clube tivesse um planejamento coeso e pessoas mais qualificadas o acesso para a 1ª divisão era inevitável.
Um dos grandes erros que o Paraná Clube cometeu este ano foi mais uma vez “encher a prateleira” de jogadores sem a mínima condição de vestir a camisa do Tricolor. No quadro abaixo podemos analisar com mais precisão este fator.
Primeira observação é que é importante distinguir os goleiros dos “jogadores de linha”. Mesmo que muitas vezes a troca dos goleiros seja por deficiência técnica, há também mudanças por suspensão e contusão.
Das 7 equipes que tiveram menor número de jogadores que atuaram na Série B, 4 conseguiram o acesso, uma ficou na 5ª posição, apenas um ponto atrás do América/MG, 4º colocado. Outro detalhe é que foi citado durante o campeonato que o ASA de Arapiraca tinha a menor folha de pagamento e uma das causas disso é que montou um plantel pequeno dentro do faturamento mensal que possui e com isso conseguiu uma boa colocação no campeonato.
Um dado importante no quadro é o número de jogadores que atuaram até 5 jogos, inclusive, o que pode indicar a falta de critério na montagem dos elencos. Muitos atletas jogaram pouco pela falta de qualidade, como por exemplo, no Paraná o atacante Lima que jogou apenas 5 jogos, sendo 4 como titular, e os zagueiros Rogério e João Leonardo com 3 jogos e Juan com apenas 2. Muitas vezes a posição foi ocupada por volantes.
È bom citar que muitos jogadores, na maioria das categorias de base, jogaram pouco, pois atuaram apenas no final do campeonato a partir do momento que os times apenas cumpriam tabela, no Paraná os exemplos são Maicon e Hiago.
É lógico que não basta ter apenas um elenco enxuto para que consiga conquistar os objetivos. É preciso que estes jogadores tenham qualidade. Um fator que aumenta o número de jogadores no elenco são as contratações de atletas pelas más posições das equipes durante o campeonato. Contratações que pelo momento ruim das equipes são feitas sem critério e piorando o ambiente, pois quanto mais atletas no plantel maior a chance de desconforto dos atletas que não tem chance de jogar e com isso atrapalha o trabalho dos demais jogadores e também do treinador.
Falando em treinador, a troca deles pelos clubes é outro fator que interfere na utilização de um grande número de atletas. Veja o caso do Paraná, que na vinda do Roberto Cavalo utilizou jogadores que até então não tinham entrado em campo como o bom meia Fernando Gabriel e o volante Javier Mendes.
A deficiência financeira das equipes pode, ou encher a prateleira com péssimas contratações ou simplesmente deixar de contratar os atletas. O Guaratinguetá sofreu este problema e mesmo correndo sérios riscos de rebaixamento teve que manter o elenco.
Em 2009, conforme o quadro acima, das 4 equipes que subiram para a 1ª divisão, 3 foram as que tiveram menos jogadores em atuação no campeonato. O Vasco foi a 5ª equipe neste ranking perdendo para a Portuguesa que usou 38 atletas e ficou na 5ª posição no campeonato, ou seja, as 5 primeiras equipes de 2009 e 2010 utilizaram menos que 40 jogadores, sendo que a média foi de 34,6 jogadores por time.
Fazendo uma comparação exclusiva do Paraná Clube nos últimos 3 anos temos o seguintes dados:
Muito Bom !
ResponderExcluircara, excelente analise!
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