terça-feira, 29 de dezembro de 2009

2009 - parte 7 (TÉCNICOS)

Mais um ano cheio de treinadores. O que demostra a falta de planejamento.

Em 2009 o Paraná teve 5 treinadores e 1 interino.

O ano começou com Paulo Comelli. Foi a melhor oportunidade dele começar um trabalho em sua carreira. Além de começar o ano num grande clube, inédito até o momento, Comelli tinha carta-branca para contratar quem quisesse dentro das possibilidades econômicas do clube.

A lista de reforços foi grande. Porém nenhum deu certo. Entre Gedeon´s, Edu Silva´s e Abuda´s da vida, vieram outros tantos que acabaram por serem mandados embora no decorrer do ano.

Sem uma preparação adequada e uma tática ultrapassada a vida de Comelli no comando técnico não durou muito. Logo na estréia tomou 3 a 0 para o Malucelli no Janquito. Aurival imediatamente deu declaraçõs que mudanças deveriam acontecer. E o desastre só não foi maior porque o Paraná conseguiu classificar na 1ª fase da Copa do Brasil nos penaltis contra a fraca equipe do Mixto.

A gota d´água foi a derrota contra o Nacional em Rolândia. O Paraná foi um time totalmente perdido nas 12 partidas sob o comendo de Comelli. Substituições erradas e esquemas táticos confusos. Comelli utilizou 26 jogadores nestas 12 partidas, sendo 3 goleiros.

Para o lugar de Comelli a diretoria resolveu inventar e contratou Wagner Velloso. Com pouquíssima experiência Velloso fez um trabalho regular. Em números melhor que Comelli mas longe de suprir as necessidades visando o acesso.

Logo de cara Velloso pegou um clássico e com a ajuda de Ageu Gonçalves, auxiliar técnico, montou uma equipe compacta a venceu o Coritiba na Vila Capanema.

Mas logo no jogo seguinte perdeu para o Rio Branco na Vila.

Em seguida ficou 5 partidas invicta, porém perdeu para o Coritiba no Couto Pereira sem sequer dar um chute ao gol.

E a tragédia continuou. Derrota para o Atlético, desclassificação na Copa do Brasil para o Fortaleza e para finalizar uma goleada sofrida para o J. Malucelli. Acabava a era do Velloso na Vila. O técnico utilizou 30 jogadores.

Para o presidente Aurival Correia, Velloso não era experiente para treinar o time na série B e resolveu trocar. O engraçado para não dizer trágico é que o foco já deveria ter sido a série B desde o início mas o Paraná jogou fora o ano logo no início da competição nacional. Trouxe nada mais nada menos que Zetti. Segundo o que consta o treinador veio por um pedido da parceira do Paraná.

Zetti mostrou mais uma vez ser um treinador medíocre. Retranqueiro e mal escalado o Paraná foi um vexame nas mãos dele. Em 9 jogos sob o seu comando o Paraná venceu apenas duas vezes. Uma contra o time reserva do Vasco e ainda por cima jogou com 1 jogador a mais desde os 39 minutos do 1º tempo e a outra vitória foi contra a fraquíssima equipe do Juventude, que acabou sendo rebaixada para a série C.

Foi mandado embora e espero que nunca mais volte. Nesta última passagem ele colocou em campo 27 jogadores, inclusive suas indicações: Dirley e Murilo Ceará.

Para o seu lugar o escolhido foi Sérgio Soares. Ele foi o treinador que tinha subido o Santo André no ano anterior. Porém o trabalho no Paraná era difícil e logo de cara tomou 5 do Atlético/GO. Em seguida conseguiu 3 vitórias seguidas e com direito a gol do Wando. Parecia que a coisa iria mudar mas não aconteceu. Derrotas para ABC, Duque de Caxias e Bahia. Empate contra o Campinense.

Pretendido pelo Santo André resolveu pedir demissão após a vitória contra o América na Vila. A desculpa foi a saudade da filha. Sérgio Soares utilizou 30 jogadores. Crédito para ele pela indicãção do meia-atacante Rafinha.

Ageu Gonçalves assumiu o time interinamente contra o Vasco em São Januário. Derrota por 2x1.
O último treinador do Paraná em 2009 foi Roberto Cavalo. O técnico fez o que os outros não fizeram, definiu um time titular e mexeu pouco de uma partida para outra. A única posição que foi complicada para definir foi o camisa 9. Aí Roberto Cavalo se deu conta que tinha no elenco um jogador que tinha todas as características para suprir esta carência, Marcelo Toscano. E foi ele o grande destaque no final da competição.
Roberto Cavalo terminou o ano com uma invencibilidade de 10 jogos (4 vitórias e 6 empates). 28 jogadores foram utilizados.

Números dos técnicos:

Paulo Comelli - 12 jogos, 4 vitórias, 2 empates, 6 derrotas, 17 gols pró, 19 gols sofridos, 39% aproveitamento

Wagner Velloso - 13 jogos, 5 vitórias, 3 empates, 5 derrotas, 19 gols pró, 20 gols sofridos, 46% aproveitamento

Zetti - 9 jogos, 2 vitórias, 2 empates, 5 derrotas, 8 gols pró, 13 gols sofridos, 30% aproveitamento

Sérgio Soares - 13 jogos, 6 vitórias, 2 empates, 5 derrotas, 22 gols pró, 24 gols sofridos, 51% aproveitamento

Roberto Cavalo - 15 jogos, 6 vitórias, 7 empates, 2 derrotas, 20 gols pró, 17 gols sofridos, 56% aproveitamento

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