COLUNA NA PARANAUTAS

Na minha coluna semanal no site Paranautas, escrevo sobre o cargo mais importante da pricnipal área do clube, a direção de futebol.

Confira a coluna na íntegra:

Direção de Futebol

Além dos reforços para o campo, o Paraná Clube corre para buscar um profissional para a direção de futebol. Cargo este que é o mais importante da principal área do clube, o futebol. Muitas vezes mais até que o vice-presidente, pois não pode fazer muitas coisas sem o consentimento do presidente.

Para ser diretor ou gerente de futebol é preciso conhecer o futebol, ter habilidades de relacionamento, liderança entre outras tantas qualificações. Parece óbvio, mas há tempos este cargo é visto como um tampão pelos mandatários máximos dos clubes. Não é só aqui no Paraná que invencionices acontecem. O último diretor, Guto Mello, que saiu esta semana do clube, trabalhava na área jurídica do clube e foi colocado no futebol pelo ex-vice-presidente Aramis Tissot. Na época, Tissot prometeu um diretor remunerado, mas continuou com o amadorismo e pela amizade colocou o Guto na direção.

Posso citar outros exemplos. No Corinthians a moda é colocar ex-jogadores que recentemente estão aposentados da função de jogador. Sem sequer ter um curso de administração esportiva, liderança ou gestão de negócios, Willian e Edu Gaspar se tornaram gestores de futebol. O primeiro durou menos de um mês. O outro assumiu esta semana o cargo.

Ontem o vice-presidente de futebol, Paulão, declarou que o novo diretor será alguém que está no clube e principalmente que é Paranista. Até quando ser apenas Paranista é suficiente para assumir um cargo desta importância? Não é a primeira vez que o Paulão e também o presidente Aquilino justificam alguma coisa com a frase: “Ele é Paranista e está ajudando”.

É necessário além de ser Paranista, ter competência. Chega de amadorismo. É preciso trazer um diretor remunerado com experiência na área para que não aconteça o que vem ocorrendo nos últimos tempos. Desmandos, contratações ridículas e treinadores metidos a “manager” que mandam mais que o diretor.

Espero que a declaração do Paulão seja mais uma das tantas que foram feitas, mas que não foram cumpridas.

É preciso entender que um diretor remunerado não é um custo a mais para o clube e sim um investimento. Chega a ser covardia cobrar um diretor amador, que não recebe salário, pois ele tem outras tantas preocupações fora do clube, porém aceitam isso e tem que arcar com as conseqüências.

Com um diretor remunerado, há metas a serem cumpridas e o trabalho da pessoa é exclusivo ao clube não precisando se preocupar com outras coisas profissionais. E como profissional, faria o melhor trabalho possível para almejar cargos e salários melhores no próprio clube e em outros também, fato normal em qualquer área mercadológica.

Espero que desta vez o Aquilino Romani acerte na escolha e deixe de lado as invencionices. Que o novo diretor não seja um advogado, um médico ou um gerente de banco.