sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

COLUNA - "IMPACTANTE, MAS ARRISCADO"

Confira na minha coluna no site paranautas.com.

Impactante, mas arriscado.

A contratação do Ricardinho para ser o treinador do Paraná Clube causou um grande impacto no meio esportivo mundial. Vários sites do mundo inteiro, principalmente onde o Ricardinho jogou, repercutiram a contratação.

Sem dúvida alguma a presença do Ricardinho engrandecerá o Paraná Clube. Ele não será “apenas” o treinador do time, mas acredito que terá também voz ativa em questões do futebol como um todo. Dentro de campo Ricardinho foi craque com sua canhota extremamente técnica e sua inteligência rara de se encontrar hoje em dia. Agora a beira das quatro linhas, Ricardinho terá um grande desafio. Terá que transformar todo o aprendizado absorvido de grandes técnicos como Rubens Minelli, Otacílio Gonçalves, Vanderlei Luxemburgo, Luis Felipe Scolari, Osvaldo Oliveira, entre outros, para seus comandados. Juntamente a isso, sua credibilidade, seus bons contatos, sua ética e seu bom caráter servirão para fortalecer o clube como um todo.

Por outro lado o risco é enorme por duas razões. A primeira por não ter experiência em comandar apesar de sempre ter sido um líder nato. E a segunda por ser um ídolo e o que deveria ser um fato totalmente e exclusivamente positivo pode inverter drasticamente. Aí é que entra a torcida que deverá ter a maior paciência possível e entender o momento do clube e do novo treinador. Até desanima se em caso de derrotas ou de substituições equivocadas a torcida ou parte dela gritar bur... enfim, se a maioria gostou da contratação do Ricardinho, estes mesmos precisam se conter nas críticas e manter a calma, pois resultados positivos a curto prazo são muito difíceis de acontecer.

Entre os positivos e os negativos, entendendo ambos, eu não contrataria o Ricardinho neste momento como treinador. Traria ele como jogador e trabalhando como auxiliar-técnico, mas o momento de um jogador parar de atuar é exclusividade de decisão do próprio e de mais ninguém. Por todos os fatores positivos e também pelo satisfatório trabalho do presidente Rubens Bohlen se seus pares de diretoria até o momento, dou crédito a aposta e terá meu total apoio e logicamente minha torcida para que tudo dê certo.

Falando da diretoria, como é bom ver pessoas que pensam e valorizam a imagem do clube. Se fossem alguns ex-presidentes, a Vila Capanema já estaria pintada de vermelho e preto e os ridículos 30 mil oferecidos para o aluguel do estádio seria parcelado em dez vezes ao rival. Mesmo com dificuldades financeiras não se pode aceitar qualquer valor e isto interfere positivamente em relação ao torcedor e principalmente a futuros patrocinadores e parceiros, pois estes agora sabem que a atual diretoria não é omissa ou passiva como outras.


Imprensa

Tanto a torcida quanto a imprensa cobravam da diretoria Paranista uma postura profissional. E a transformação está acontecendo e como toda mudança é necessária paciência. Muitas coisas vão se ajustar e a principal é que se antes as notícias sobre o futebol do clube, principalmente, era divulgado a todos os cantos, agora mudou. Por isso que estranhei o comportamento de alguns jornalistas em reclamar que a diretoria em certos momentos mentiu. Porém tem certos momentos que uma palavra errada “entrega o ouro”. E entre entregar o ouro ou mentir e omitir, as últimas serão sempre as escolhidas pela diretoria em prol do clube.

Pior foram alguns jornalistas e emissoras que divulgaram que o Ricardinho não seria o técnico do Paraná. Até cobrei isso de uma conceituada Rádio da cidade, líder na freqüência AM, inclusive, e o resultado foi um “block” que recebi no twitter. É, se a diretoria do Paraná precisava de mudanças em relação a sua comunicação, alguns jornalistas precisam se “reciclar”. Agora, o que fazer com jornalistas que recém saíram da faculdade? Aí é o caso de algumas emissoras mudarem seus critérios de contratação e seleção de funcionários.

Um comentário:

  1. Concordo com tudo o que disse: acho que o Ricardinho bem poderia começar de leve, dentro e fora do campo, mas se foi a opção dele, o que temos que fazer é que apoiar. E pelas características dele, acho que tem tudo pra se dar bem - ser um grande técnico é outra história, mas não acho que dará um Cavalo da vida, até porque tem cara de "professor" e não de "motivador".

    E torço muito pra ele fazer um trabalho mediano, ao menos - querer que comece ganhando títulos é fugir da realidade, ainda que não seja impossível -, que a torcida seja paciente, a diretoria não jogue contra.
    E (momento irreal de minha parte agora), diante de altos e baixos, que todo time, todo técnico tem, ele bem poderia se estabilizar no cargo, permanecer por longos anos, ser o Ferguson do Paraná. Que seria bonito, seria!
    E poderíamos nos preocupar com contratações, e oturas coisas, e não perder os cabelos por conta de Pintos, Cavalos, Perrôs...

    Abraço

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